domingo, 5 de junho de 2011

Teorias de aprendizagem

Construtivistas e sócio-construtivistas (Vygotsky e Piaget)


Vygotsky sócio-construtivista enfatiza a interacção social ao longo do desenvolvimento do homem. Este é  herdeiro de toda a evolução filogenética e cultural, mas o seu desenvolvimento dar-se-á em função de características do meio social em que vive. O próprio desenvolvimento da inteligência é produto dessa convivência "na ausência do outro, o homem não se constrói homem".

Aquisição de conhecimentos pela interacção do sujeito com o meio e, portanto, a vivência em sociedade é essencial para a transformação do homem de ser biológico em ser humano. Aprendizagens nas relações com os outros construem os nossos conhecimentos e permitem o nosso desenvolvimento mental.

Existem, pelo menos dois níveis de desenvolvimento identificados por Vygotsky:

Desenvolvimento real: determinado por aquilo que a criança é capaz de fazer por si própria porque já tem um conhecimento consolidado.

Desenvolvimento potencial: manifesta-se quando a criança realiza tarefas mais complexas, orientadas por instruções e com a ajuda de um adulto.

Zona de desenvolvimento proximal

 "Distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes".


Vygotsky e Piaget

Ambos autores fazem parte das correntes interaccionistas e construtivistas.

O termo socioconstrutivismo é usado para fazer distinção entre a corrente teórica de Vygotsky e o construtivismo Jean Piaget. Ambos construtivistas nas suas concepções do desenvolvimento intelectual. Sustentam que a inteligência é construída a partir das relações recíprocas do homem com o meio. Para Piaget, as crianças constroem conhecimento através de suas próprias acções. Para Vigotsky o conhecimento é atingido através do contraste social e origem.
Segundo Vygotsky, o meio é sempre revestido de significados culturais. Neste factor cultural é pouco enfatizado por Piaget, é a diferença central entre os dois teóricos construtivistas.

Divergem também na sequência dos processos de APRENDIZAGEM e de DESENVOLVIMENTO MENTAL. Para Vygotsky, é o primeiro que gera o segundo Piaget, ao contrário, defende que é o desenvolvimento progressivo das estruturas intelectuais que nos tornam capazes de aprender.




Artigo de Complemento

E-learning

http://ijklo.org/Volume5/IJELLOv5p091-109Koohang655.pdf



Ficha de Leitura do Artigo


Referência ao Artigo


Interdisciplinary Journal of E-Learning and Learning Objects Volume 5, 2009
Editor: Janice Whatley

E-Learning and Constructivism:
From Theory to Application

Alex Koohang, Liz Riley, and Terry Smith
Macon State College, Macon, Georgia, USA

Alex.Koohang@MaconState.edu; Liz.Riley@MaconState.edu;

Jeanne Schreurs
Hasselt University, Belgium

jeanne.schreurs@uhasselt.be
Abstract

Sinopse:
O referido artigo tem como principal objectivo, estabelecer uma relação entre e-learning, construtivismo, e-learning design, aprendizagem colaborativa e avaliação. Esta relação é no referido artigo conseguida através de estimulação dos alunos, para a sua intervenção na construção de um modelo de e-learning eficaz.

Interpretação
The model is based on constructivism learning theory. The model includes two categories - the learning design elements (comprised of fundamental design elements and collaborative elements) and the learning assessment elements (self-assessment, team assessment, and facilitator’s assessment).” p. 91

O construtivismo é uma teoria da aprendizagem, que centra a sua actuação na construção de conhecimento com base nas experiências anteriores do aluno, sendo desta forma um bom ajusto para o e-learning, na medida em que garante a aprendizagem entre os alunos e mostra-se uma teoria fundamental para a construção do e-learning design.


“Entrenched in learning theories advanced by Dewey (1916), Piaget (1972), Vygotsky (1978) and Bruner (1990), constructivism learning theory is defined as active construction of new knowledge based on a learner’s prior experience”. p.92

A avaliação da teoria construtivista aplicada ao e-learning, é sem dúvida muito importante para averiguar a pertinência ou não da mesma. A avaliação é definida assim neste caso como a definição, selecção, concepção, recolha, análise e uso de informação para aumentar o desenvolvimento e o nível de aprendizagem.

O artigo refere a utilização de três elementos de avaliação da aprendizagem sendo os mesmos:
- A auto-avaliação;
- Equipa de avaliação colaborativa;
- Avaliação do facilitador.

Assim sendo, o aluno é incentivado a reflectir sobre as suas aprendizagens, responsabilizando-se assim pelo seu próprio processo de aprendizagem, justificando sempre as suas respostas e por conseguinte apresentando uma análise crítica do processo.

Esta interacção prática e consequente discussão crítica permite aos alunos falar sobre as dificuldades sentidas, comparando-as aos benefícios e desta forma melhorar e alterar condutas. No fundo trata-se de ajudar os alunos a pensar criticamente e desta forma desfrutarem de experiências diferentes.

No que respeita ao design colaborativo, o mesmo tem como principal objectivo permitir a aquisição de novas experiências com colegas e ao mesmo tempo discutir diferentes pontos de vista com estes. Esta troca é de todo benéfica na medida em que permite uma maior avaliação dos erros e dos pontos fortes, o aluno avalia assim a sua perspectiva e reforça a perspectiva anteriormente construída.

Os elementos do construtivismo estão presentes no feedback dado pelos alunos, este artigo apresenta assim um modelo centrado no aluno para uma concepção eficaz do e-learning. Através da exploração e estimulação os alunos são estimulados a desenvolver as suas próprias metas e objectivos para a resolução dos problemas que vão surgindo, utilizando para tal as experiências anteriormente adquiridas.

O construtivismo encontra assim no e-learning uma forma de se fortalecer como modelo de aprendizagem.





Aula experimental – Trabalho de grupo

A seguinte proposta de curso online, sobre Dress Code Empresarial, destina-se aos funcionários do Turismo de Portugal e apresenta como objectivo um momento de avaliação da disciplina de Psicologia da Aprendizagem Online, ministrada pelos docentes João Nogueira e Célia Figueira. Enquadrando-se no mestrado em Gestão de Sistemas e-Learning da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

https://sites.google.com/site/dresscodeempresarial/

Proposta de Curso

Proposta de Curso

Introdução

A presente apresentação diz respeito a um curso de reconhecimento de competências profissionais na área de hotelaria. Destinado a adultos que trabalham nesta área há mais de um ano e que não têm carteira profissional e pretendem obtê-la. O objectivo é reconhecer competências adquiridas em contextos formais, não formais e informais.
No final do curso os profissionais deverão ter reconhecido as competências necessárias para a obtenção da carteira profissional na área em se candidataram. Caso ao longo do curso se verifique que os adultos não possuem as competências necessárias deverá ser-lhes dada formação complementar para colmatar possíveis lacunas.  


Fundamentação

“Nenhum conhecimento é construído pela pessoa sozinha, mas sim em parceria com os outros, que são mediadores” Maria Teresa Freitas

Na teoria piagetiana, o sujeito (aluno) é um ser activo que estabelece relação de troca com o meio-objecto (físico, pessoa, conhecimento) num sistema de relações vivenciadas e significativas, uma vez que, este é resultado de acções do indivíduo sobre o meio em que vive, adquirindo significado para o ser humano quando o conhecimento é inserido numa estrutura – denomina-se assimilação. A aprendizagem desse sujeito activo exige sempre uma actividade resultante da interacção estabelecida entre ele e o conteúdo a ser aprendido, além de estar vinculado a sua aprendizagem ao grau de desenvolvimento já alcançado.
Com o desenvolvimento das tecnologias aumentou a facilidade de acesso a informação. Podendo os alunos construir o seu processo de ensino-aprendizagem duma forma mais flexível. É importante percebermos que o desenvolvimento tecnológico esta associado a enormes benefícios para o sistema de ensino.
Fruto da revolução tecnológica surgiu o e-learning, que será a modalidade de ensino que irei utilizar nesta formação online. Recorrendo a uma plataforma Moodle, criada pelo Turismo de Portugal e administrada por mim e por uma equipa multidisciplinar da área. Tendo em conta as características do e-learning, esta formação permitirá a todos os adultos que pretendam reconhecer, avaliar e adquirir competências profissionais fazê-lo duma forma activa, dinâmica e flexível.

De acordo com os diversos modelos que estudei e pesquisei ao longo deste semestre, considero que aquele que mais se adapta a esta formação é o modelo sócio-construtivista, que assenta na aquisição de conhecimentos pela interacção do sujeito com o meio. Para Vygotsky sócio-construtivista é através da relação com os outros que construímos os conhecimentos. O sujeito não é só activo, mas interactivo na construção do seu próprio conhecimento, este desenvolve-se a partir de relações intra e interpessoais. É na troca com os outros sujeitos e consigo próprio que se interiorizam conhecimentos, papéis e funções sociais.
Desta forma o sujeito tem um papel activo na construção do seu conhecimento.
Os processos colaborativos são assim extremamente importantes nas aprendizagens efectuadas em comunidades online. A interactividade é muito importante no contexto de uma solução e-learning de ensino-aprendizagem, promovendo o envolvimento do aprendente neste processo.
O apoio no desempenho do aluno pode ser considerado um misto de interacção aluno -conteúdo e de interacção intra-pessoal pois, segundo Northrup (2002), o objectivo é ajudar a desempenhar tarefas. Devemos desta forma ter em conta numa formação e-learning o modelo de interactividade com cinco atributos (Northrup 2002), interacção com o conteúdo, colaboração em grupos de trabalho, conversação assíncrona e síncrona, interacção intra-pessoal e apoio ao aluno.
Verifica-se assim uma mudança de papéis, passando o aprendente a ter um papel activo na construção do seu próprio conhecimento. O professor passa a ser um facilitador e orientador, estimulando e incentivando o aluno.
Esta formação tem como objectivo orientar e estimular os alunos para o reconhecimento das suas competências. A formação online, de reconhecimento de competências profissionais, para obtenção de carteira profissional, tem como público-alvo adultos com mais de um ano de trabalho, na área de competências onde pretendem obter carteira profissional. Como habilitações literárias devem ter no mínimo o 9º ano de escolaridade. Esta formação/ reconhecimento de competências tem como principal objectivo, possibilitar a todos aqueles que trabalham numa determinada área profissional, verem reconhecidos os conhecimentos obtidos e desta forma adquirirem carteira profissional.
Este reconhecimento online apresenta como principais auxiliares:
- Os suportes tecnológicos – através da plataforma os alunos podem fazer uma gestão dos conteúdos, armazenar e visualizar sempre que necessário a informação, trabalhando em registos síncronas e assíncronas, utilizando a avaliação constante de forma a gerirem as suas aprendizagens.
-Interactividade na aprendizagem conseguida através da interligação entre os alunos/formadores e entre estes e a comunidade envolvente.
- Recursos pedagógicos permitem uma avaliação dos progressos, mantendo e desenvolvendo a motivação.
 Sendo um modelo de aprendizagem centrado no aluno e que visa o reconhecimento de competências adquiridas por este durante o seu percurso profissional. Privilegia-se uma metodologia auto-reflexiva, participativa e activa permitindo uma auto-consciencialização dos alunos.
As actividades propostas nestas actividades de reconhecimento, serão realizadas à distância de forma autónoma mas colaborativa. Através de sessões síncronas e assíncronas, o importante é estimular a metacognição, através do feedback dado pelos orientadores.

Metodologias de ensino-aprendizagem
Este projecto de curso online conta com as comunicações do tipo assíncronas (correio electrónico, fóruns e wikis) e do tipo síncronas (chat, sala de aula virtual). Tornando-se vantajoso para os alunos a utilização de diferentes tecnologias.
Uma vez que, o modelo sócio-construtivista foi o escolhido para esta formação, os recursos utilizados tem em conta a interactividade e a troca entre os sujeitos. Dado que o conhecimento se construi através das relações intra e interpessoais.
Esta interactividade que deve existir será organizada semanalmente, isto é, todas as semanas serão pedidas actividades, os alunos deveram dar o seu contributo face as mesmas utilizando os fóruns, as wikis, os chats, e-mail….
Quer os fóruns, quer as wikis permitem que o aluno seja construtor do seu próprio processo de aprendizagem.
“A zona proximal de desenvolvimento” e “a distância entre o nível actual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver um problema de modo independente e o nível proximal de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver um problema com a orientação de um adulto ou a colaboração com um companheiro mais capaz”(traduzido de: Riviére, 1990, Vygotsky, 1998, a).
Os estudantes partilham desta forma as suas ideias, dúvidas e conhecimentos, quer com os restantes colegas, quer com os formadores. Esta partilha em comunidade virtual, permite uma reflexão e uma construção conjunta de novos conhecimentos.
Os fóruns e wikis, são assim uma mais-valia para formadores e alunos. No caso dos formadores, porque lhes permitem analisar a evolução das aprendizagens dos alunos, dar feedback e ao mesmo tempo avaliar o empenho e dedicação demonstrado através das participações.
Será também utilizado o e-mail, como reforço a partilha e ao esclarecimento de dúvidas assim como os chats. Estes últimos mostram-se essencialmente úteis na troca de informações entre colegas.
O curso contará ainda com:
-Links para aperfeiçoamento e esclarecimento de dúvidas existentes.
- Bibliografia complementar.
-Vídeos, textos e áudio.
Semanalmente os alunos deveram dar feedback aos formadores, sobre as unidades de competência trabalhadas nessa semana. Mostrando se conseguem demonstrar as competências em causa.
No final do curso deveram elaborar um portfolio, este constitui-se como um arquivo das aprendizagens e das evidências demonstradas ao longo do mesmo. Sendo um trabalho reflexivo, onde o aluno explica os conhecimentos que já possui, quais aqueles que adquiriu e se conseguiu obter todos os conhecimentos necessários para a obtenção da carteira profissional.
Sendo um sistema b-learning, no final do curso os alunos terão de efectuar uma demonstração prática das competências que possuem perante os formadores da área em questão.

Conclusão   
Quando se pensa em realizar um curso em regime de e-learning, teremos obrigatoriamente de ter em conta a adequação do mesmo ao público-alvo. Neste caso sendo o nosso público os profissionais que trabalham na área de hotelaria e pretendem um reconhecimento de competências para a obtenção de uma carteira profissional. Penso que pela flexibilidade que este tipo de ensino permite será o mais indicado, uma vez que, estes alunos têm por norma horários complicados e desta forma poderão gerir o seu tempo de forma a conseguirem acompanhar o curso.
Por outro lado é importante percebermos que, as ferramentas tecnológicas existentes nos dias de hoje, podem sem dúvida constituir-se como uma mais-valia para o sistema de ensino. Tornando-o mais dinâmico, atractivo e adaptado as mudanças existentes na nossa sociedade.
A avaliação assume-se como uma peça chave em qualquer processo de ensino-aprendizagem. Só através desta, se podem efectuar melhorias no sistema de ensino, pois a mesma permite-nos um feedback daquilo que os alunos conseguiram evidenciar. Desta forma, serão promovidos momentos de avaliação sumativa, formativa, diagnóstica e de auto-avaliação.
Para que um determinando curso tenha êxito é necessário avaliar não só as aprendizagens realizadas pelos alunos, mas também devemos avaliar o próprio processo de ensino-aprendizagem verificando-se desta forma a sua adequação ou não aquilo que se pretende alcançar. Esta avaliação é fruto muitas vezes de questionários e da análise dos resultados obtidos.
Outra questão muito importante a ter em conta, no sucesso do curso prende-se com a avaliação que deverá ser feita a priori acerca das capacidades que os alunos têm na utilização das tecnologias de informação e comunicação. Pois esta poderá condicionar todo o sucesso do curso, torna-se assim importante uma avaliação diagnóstica.
A avaliação formativa é efectuada através da participação em fóruns, wikis e pelo feedback dado pelo formador. Este deverá favorecer as reflexões dos alunos acerca do seu processo de aprendizagem. Esta avaliação não tem como principal objectivo a atribuição de nota, mas sim manter os alunos motivados, envolvendo-os no processo de aprendizagem, regulando desta forma as aprendizagens e consciencializando-os das suas evoluções e limitações.
Por último a avaliação sumativa, realizar-se-á através da entrega do portfolio e da demonstração presencial dos conhecimentos práticos que cada aluno possui e que lhe permitem a obtenção da carteira profissional.
Este curso só terá sucesso se o aluno for capaz de auto-regular as suas aprendizagens, através de uma auto-reflexão e avaliação do seu próprio trabalho e das suas potencialidades.
Neste curso em regime de b-learning espera-se que os alunos sejam capazes de demonstrar sozinhos os conhecimentos que tem e adquirir aqueles que necessitam. Para tal é necessário um rigor a nível pessoal bastante elevado e uma grande capacidade de manter os níveis motivacionais elevados. Para apoiar os alunos é muito importante o feedback e a interacção dada pelos formadores.    



sábado, 4 de junho de 2011

Motivação

“Condição do organismo que influência a direcção do comportamento. Por outras palavras é o impulso interno que leva à acção.”


Quando se fala em processos de ensino-aprendizagem, obrigatoriamente teremos de falar em motivação. Estes dois conceitos têm uma relação directa entre si, uma vez que, o sucesso de qualquer processo de ensino-aprendizagem depende da motivação dos seus intervenientes, neste caso dos professores e dos alunos. Um aluno motivado, esta predisposto a colaborar e intervir activamente na construção do seu conhecimento, uma vez que a motivação impulsiona e atribui valor as aprendizagens realizadas.
Por outro lado é importante que o professor esteja também ele motivado, não só para o bom desempenho da sua função, mas também para contribuir para manter os índices de motivação dos alunos elevados.

O nível motivacional dos alunos depende em parte do professor que através de actividades, recursos e interacções estimula a motivação. Por outro lado o professor, mantêm-se motivado através do feedback dado pelos alunos.

A frustração esta associada à motivação, na medida em que se manifesta quando o indivíduo não é capaz de satisfazer uma necessidade ao desejo.


Quanto mais sucessos e êxitos nas tarefas a pessoa obtiver mais tendência tem para confiar nas suas capacidades e, consequentemente obter novos sucessos mantendo a motivação.


Maslow (1908-1970) foi um dos maiores especialistas em motivação humana.

Apresentou uma teoria da motivação que pressupõe que as necessidades humanas estarão hierarquizadas, dispostas em níveis, de acordo com o seu grau de importância.

Na base da pirâmide estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (de auto-realização).



                                                                           Pirâmide de Maslow

Metacognição

"É a consciência da própria consciência"

A metacognição esta relacionada com o controlo que cada um de nós é capaz de fazer acerca do seu conhecimento- cognição. Corresponde a avaliação, regulação e organização do processo cognitivo.

Contêm três componentes:
- Consciência dos processos de raciocínio;
- Planeamento dos processos de raciocínio;
- Monitorização dos processos de raciocínio.

Através da metacognição verifica-se um maior nível de confiança no processo de aprendizagem, sendo uma determinante no ensino Online dado que, determina em parte a forma de progressão e de gestão dos alunos em relação ao seu processo de aprendizagem.


Auto-regulação

Cada vez mais, se pretende não um acréscimo quantitativo de conhecimentos, mas sim, uma procura de significados entre os conhecimentos que já possuímos. Logo é importante definirmos o que queremos aprender, para quê e como vamos efectuar a aprendizagem.

A auto-regulação dos processos de aprendizagem contempla os processos cognitivos, metacognitivos e motivacionais. Desta forma, devemos sempre organizar, tratar e reter a informação, pensar sobre as estratégias a adoptar para regular as diferentes tarefas e ao mesmo tempo, saber estabelecer objectivos realistas/realizáveis para que o nível motivacional se mantenha.


O termo auto-regulação da aprendizagem é conceituada como o processo em que os sujeitos estabelecem metas que interagem com suas expectativas, desenvolvendo estratégias para alcançá-las, criando condições para que a aprendizagem se efective. Para isto, é preciso que a aprendizagem se fundamente na reflexão consciente sobre a compreensão do significado dos problemas que surgem, decidindo as acções numa espécie de diálogo consigo mesmo (VEIGA SIMÃO, 2004a).